Há alguns anos o renomado empresário Abílio Diniz vem pensando junto à sua família como ajudar e alcançar o maior número de pessoas carentes a pensar em seu envelhecimento. Finalmente, em maio de 2018 lançou seu portal de longevidade dos 20 aos 120 anos, o Plenae, que acredito que contribuirá em muito para o envelhecer focado em saúde.
Num evento com renomados palestrantes brasileiros e internacionais, Diniz apontou os pilares desse portal: propósito, corpo, mente, relações, espírito e contexto, que ele acredita serem as fontes de seu próprio envelhecimento bem-sucedido.
No pilar Propósito, Diniz nos levou a pensar sobre o significado que atribuímos ao estarmos nessa vida, ou seja, qual o sentido de nossa existência.
O Corpo ficou a cargo do educador físico Irineu Loturco, que falou principalmente sobre a musculação e as evidências científicas que já se fazem significativas quando o assunto é prevenir a sarcopenia. Diniz sempre se dedicou aos esportes e atualmente percebe que mesmo após 2 horas de treino diário, não está imune à perda de massa muscular.
Sobre a Mente traz o conceito de mindfulness, palavra em inglês que designa “atenção plena”, ou seja, a pessoa deve estar concentrada aos seus estados mentais e ao que acontece em sua mente. A respiração e a meditação são as propostas mais marcantes do mindfulness.
Perguntar a si mesmo “O que faz você feliz?” também ajuda a interligar mente e propósito.
As relações que criamos são fatores vitais e de enorme repercussão na nossa longevidade, segundo Diniz. Para mim, o que ficou desse pilar é: “Você tem tempo para seus amigos? Qual foi a última vez que marcou um encontro e brindou a vida?”
O Espírito se refere ao campo da fé. A ciência não explica, segundo Diniz, mas as pessoas experienciam e sentem a espiritualidade. É um mistério que nos traz paz e longevidade. O olhar espiritual sobre a vida é o mais desconhecido de todos porque ele é vivenciado por cada um em sua própria individualidade.
O Contexto é o meio onde estamos inseridos. Temos acessos a ambientes naturais, como ar puro e água limpa; econômicos; alimentação e saúde de qualidade; educacionais? Aqui penso que o geriatra e o gerontólogo tenham um papel fundamental a contribuir com os programas de saúde pública.
 
Por Gislaine Gil
Membro da Diretoria da SBGG-SP