Cuidar de alguém pode trazer muitos pontos positivos em sua vida, mas é também um trabalho duro, física e emocionalmente. Sem você não der atenção suficiente ao autocuidado, você tem grandes chances de desenvolver estresse do cuidado, ansiedade e depressão..
Isso coloca você no caminho para o burnout do cuidador, uma síndrome de esgotamento mental, emocional e físico. Cuidar exige uma certa dose de altruísmo, mas é importante que você conheça seus limites. Muitas vezes, o cuidador fica tão focado na pessoa de quem está cuidando que negligencia suas próprias necessidades.
O burnout do cuidador interfere com a sua capacidade de funcionamento. O burnout também aumenta o risco de depressão crônica e outras doenças físicas e mentais, de hipertensão e gripe a diabetes, acidente vascular cerebral, ou até mesmo a morte prematura. O burnout do cuidador é também uma das principais causas de colocação lar de idosos, quando os cuidadores exaustos já não conseguem mais gerenciar para gerenciar as necessidades de cuidado.
Por isso, é importante que os cuidadores estejam cientes deste fenômeno e encontrem maneiras de preveni-lo ou minimizá-lo quando perceberem que isso está acontecendo.
Qual é o seu índice de burnout do cuidador? Responda às 12 perguntas seguintes, some a sua pontuação (A = 4 pontos, B = 3 pontos, C = 2 pontos, D = 1 ponto), e aprenda estratégias para o gerenciamento do estresse do cuidador.

Com que frequência você tem uma boa noite de sono (sete ou mais horas)?
a. Todos os dias
b. Muitas vezes
c. Às vezes
d. Raramente ou nunca

 Com que frequência você faz as atividades de lazer que gostava antes de se tornar um cuidador?

a. Todos os dias
b. Muitas vezes
c. Às vezes
d. Raramente ou nunca

Com que frequência você fica irritado ou perde a calma com os outros?
a. Raramente ou nunca
b. Às vezes
c. Muitas vezes
d. Todos os dias

Com que frequência você se sente feliz?
a. Todos os dias
b. Muitas vezes
c. Às vezes
d. Raramente ou nunca

Com que frequência você acha difícil se concentrar?
a. Raramente ou nunca
b. Às vezes
c. Muitas vezes
d. Todos os dias

Com que frequência você precisa de cigarro(s) ou mais do que duas xícaras de café para conseguir chegar até o fim do dia?
a. Raramente ou nunca
b. Às vezes
c. Muitas vezes
d. Todos os dias

 Com que frequência lhe falta energia para cozinhar, limpar e cuidar do básico do cotidiano?
a. Raramente ou nunca
b. Às vezes
c. Muitas vezes
d.Todos os dias

Com que frequência você se sente sem esperança sobre o futuro?
a. Raramente ou nunca
b. Às vezes
c. Muitas vezes
d. Todos os dias

Com que frequência você é capaz de relaxar sem o uso de álcool ou sedativos prescritos?
a. Todos os dias
b. Muitas vezes
c. Às vezes
d. Raramente ou nunca

Com que frequência você se sente oprimido por tudo que você tem que fazer?
a. Raramente ou nunca
b. Às vezes
c. Muitas vezes
d. Todos os dias

Com que frequência alguém criticou seu cuidado ou sugeriu que você está esgotado?
a. Raramente ou nunca
b. Às vezes
c. Muitas vezes
d. Todos os dias

Com que frequência você sente que alguém está cuidando de você?
a. Todos os dias
b. Muitas vezes
c. Às vezes
d. Raramente ou nunca

Qual foi sua pontuação?

Este auto-teste não é uma medida científica ou de diagnóstico. Seu objetivo é ajudá-lo a identificar se seus níveis de estresse exigem que você adote atitudes para se proteger melhor.
Adicione-se a sua pontuação. Cada A = 4 pontos, B = 3 pontos, C = 2 pontos, D = 1 ponto.
48-42: Mantendo a calma (baixo risco de burnout)
Seu coração e cabeça estão ambos no lugar certo, e seus reservatórios para lidar com o estresse estão cheios, o que te ajuda a cuidar com graça e bom humor. Dito isso, o estresse do cuidador, muitas vezes aparece sem o cuidador perceber. Proteger seus hábitos saudáveis ​​é fundamental.
O que fazer: Manter-se bem alimentado para cuidar, separando um tempo para si mesmo todos os dias – no mínimo, tirar vários intervalos de cinco minutos para prevenir o estresse do cuidador. Se você está em um relacionamento, saiba que um casamento saudável ou outra relação de proximidade pode ser uma fonte de apoio; aprenda como casais cuidadores fazem a relação funcionar.
30-41: Sinal amarelo (risco de burnout elevado)
Você provavelmente gerencia o stress do cuidador razoavelmente bem, mas cai numa armadilha comum do cuidador: você se coloca como o último item na lista de prioridades. Todos têm um ou outro dia mais agitado, mas muitos deles resultam em estresse crônico, que acaba por corroer o bem estar e o coloca em risco de depressão, resfriados e outras doenças.
O que fazer: Proteja o seu tempo para cuidar de si, aprendendo formas de ter mais tempo pessoal.
18-29: Na zona de perigo (alto risco de burnout)
Seu nível de estresse é provavelmente muito alto. Você já pode estar passando por sintomas de ansiedade, depressão, deficiência imunitária e exaustão física, que podem causar ou complicar doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas e depressão crônica. É fundamental que você tome medidas imediatas para diminuir o seu nível de estresse, de preferência através de uma combinação de um melhor autocuidado, uma carga de trabalho compartilhada e saídas para as suas emoções complicadas, incluindo terapia e grupos de apoio.
O que fazer: Além das sugestões nas seções acima, conheça as cinco razões reais por que você está estressado e como domá-las.
12-17: Pare agora (já esgotado)
É uma maravilha – e uma bênção – que você tenha encontrado e feito esse teste. Você está correndo sem combustível ou nem está mais correndo? Apesar de querer fazer o seu melhor para a pessoa de quem você está cuidando, você percebe que sua própria saúde está em jogo – e se você não olhar para você, você não será capaz de ajudar a pessoa ou pessoas sob seu cuidado.
O que fazer: Você precisa de ajuda imediata. Aprenda a dizer a diferença entre a tensão normal da prestação de cuidados e depressão e consulte alguém em que você confia – um médico, um padre, um conselheiro ou terapeuta, para aconselhamento – e procure assistência médica. No mínimo, você precisa de um checkup físico. Você também pode se beneficiar de outras terapias ou de um tempo do cuidar, que pode ser tão curto quanto um período de férias ou tão permanente quanto a realocação da pessoa sob seus cuidados.