“Sintomas” é o termo médico para qualquer sinal de um problema de saúde, mesmo que esse sinal não ajude seu médico a diagnosticar uma doença específica. Os sintomas, como cansaço ou indisposição (também chamado de fadiga), estão entre as principais causas de incapacidade para idosos.
Às vezes, os sintomas são causados diretamente pela doença – por exemplo, uma dor no peito pode ser um sintoma associado a um ataque cardíaco. Mas muitas vezes, os sintomas têm várias causas. Por exemplo, a fadiga pode ser um sintoma comum quando você tem condições como osteoartrite do joelho, depressão e insuficiência cardíaca.
Além disso, os adultos mais velhos geralmente experimentam mais de um sintoma por vez, o que pode fazer com que cada sintoma piore.
Até agora não temos muitas informações sobre como sintomas concomitantes afetam a capacidade de um adulto mais velho de viver normalmente. Para saber mais, uma equipe de pesquisadores examinou recentemente informações de um grande estudo envolvendo idosos – o Estudo Nacional de Tendências de Saúde e Envelhecimento (NHATS, na sigla em inglês) –, que incluiu mais de 7.500 participantes com 65 anos ou mais. O estudo foi publicado no Journal of the American Geriatrics Society.
Os pesquisadores focaram nas respostas dadas a várias perguntas no NHATS que mostravam se um participante tinha sintomas como:
– Falta de ar ou dificuldade em respirar
– Dificuldade em cair ou permanecer dormindo à noite
– Depressão ou ansiedade
Os pesquisadores também registraram medições da força de preensão dos participantes, sua velocidade de marcha, seu equilíbrio e sua capacidade de se levantar de uma cadeira. Eles também foram questionados a respeito de potenciais quedas no último ano.
Os pesquisadores também mediram se os participantes tinham alguma doença crônica, se haviam sido internados no último ano e se tinham problemas para realizar suas atividades diárias (como deitar ou levantar da cama, comer, ir ao banheiro, tomar banho e se vestir).
Os resultados mostraram que 75% dos idosos tinham pelo menos um sintoma e quase metade tinha dois ou mais sintomas. Eles observaram que quase 14% – quase 5 milhões de adultos idosos nos EUA – tinham quatro ou mais sintomas.
Os pesquisadores observaram que:
– Os sintomas aumentaram com a idade avançada
.- As mulheres eram mais propensas a ter mais sintomas que os homens.
– Em comparação com indivíduos brancos, os participantes negros e hispânicos apresentaram mais sintomas. Idosos com menor escolaridade apresentaram maior número de sintomas do que aqueles com maior escolaridade.
– Tabagismo atual, obesidade e estilo de vida inativo também foram associados a um maior número de sintomas.
– Os participantes que tinham uma condição médica crónica, ou múltiplas condições crónicas, também experimentaram mais sintomas.
É importante ressaltar que os idosos que relataram mais sintomas apresentaram menor força de preensão e caminharam mais devagar. Com o tempo, os idosos com mais sintomas tiveram um risco aumentado de quedas, hospitalizações, incapacidades e mortalidade.
Os pesquisadores acreditam que, à medida que envelhecemos e vivenciamos mais condições crônicas múltiplas, é provável que o número de pessoas idosos convivendo com múltiplos sintomas também aumente. Embora os profissionais de saúde entendam a importância de se tratar dos sintomas para melhorar a qualidade de vida no final da vida (cuidados paliativos), há menos compreensão sobre a melhor maneira de tratar os múltiplos sintomas que os idosos experimentam.
Os pesquisadores disseram que suas descobertas destacam a necessidade de mais pesquisas sobre sintomas em adultos mais velhos para desenvolver estratégias eficazes de manejo.
Esse resumo foi feito a partir do artigo “Symptom Burden among Community-Dwelling Older Adults in the United States.” e foi publicado no blog Health in Aging.
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