O geriatra Luis Alberto Saporetti, do HCFMUSP e do Hospital Sírio Libanês, iniciou sua apresentação dizendo que as equipes de saúde precisam pensar a espiritualidade e o envelhecimento como um elo indissolúvel do ponto de vista terapêutico.
“Falar de espiritualidade é sempre um tabu, porque frequentemente pensamos em práticas, fenômenos mediúnicos e religião. E espiritualidade não se trata apenas de religião”, afirmou.
O médico salientou o interesse cada vez maior pelo tema da espiritualidade, devido ao grande número de artigos sobre o assunto que se pode encontrar em indexadores como o Medline. “Entendo espiritualidade como uma característica do ser humano, referente ao modo como busca e expressa significado e sentido, assim como sua conexão com o momento, o si mesmo, os outros, a natureza, o que é significativo e sagrado”, disse. A definição é de C. Ferrel Puchalski.
“O ser humano é espiritual porque busca sentido”, disse. O médico mostrou ainda artigos que apontavam evidências científicas de alterações fisiológicas cerebrais provocadas por práticas como meditação e ioga.
Para ele, o médico e a equipe de saúde, ao lidar com pacientes idosos ou em cuidados paliativos, devem buscar saber o que é sagrado para cada um. “Devemos saber o que, para aquele paciente, lhe dá a sensação de conexão com o sagrado. Se tirarmos o sentido que move a vida dele, podemos aniquilá-lo”, ressaltou.
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