O artigo “Intervenções para prevenir ou reduzir o grau de fragilidade em idosos que vivem em comunidade: uma revisão abrangente da literatura e das políticas internacionais” publicado em 7 de janeiro na revista científica Age and Aging faz uma revisão de estudos sobre fragilidade.
Essa condição afeta a capacidade de idosos se recuperarem de uma doença aguda, lesões e outros problemas. (Para saber mais sobre o tema, leia reportagem com a geriatra Ana Beatriz Di Tommaso aqui). Segundo o estudo, não existe hoje uma análise sistemática de intervenções disponíveis para prevenir ou reduzir a fragilidade. Portanto, o artigo se propõe a realizar uma revisão abrangente das intervenções e das políticas internacionais destinadas a prevenir ou reduzir o nível de fragilidade em idosos residentes em uma comunidade.
Foi realizada uma revisão de escopo pesquisando sistematicamente artigos científicos e textos da chamada literatura cinzenta, aquela proveniente de fontes de informações que não são as acadêmicas, para identificar intervenções e políticas que visassem prevenir ou reduzir o nível de fragilidade.
Foram considerados 14 estudos: 12 ensaios randomizados controlados e 2 estudos de coorte (número médio de participantes: 260), com a maioria das pesquisas realizada nos Estados Unidos e no Japão. As intervenções descritas incluíram atividade física; atividade física combinada com nutrição; atividade física mais nutrição e treinamento de memória; modificações na casa do idoso; pré-reabilitação (fisioterapia somada a exercícios físicos e modificações domiciliares) e Avaliação Geriátrica Ampla (AGA). O estudo conclui que as intervenções que reduziram significativamente o número de marcadores de fragilidade presentes ou a prevalência de fragilidade incluíam as intervenções de atividade física (todos os tipos e combinações) e a pré-reabilitação. Os estudos de AGA tiveram resultados mistos.
Nove dos 14 estudos analisados relataram que a intervenção reduziu o nível de fragilidade, mas o artigo aponta que os resultados devem ser interpretados com cautela, uma vez que foram analisados apenas 14 estudos, com seis definições diferentes de fragilidade. Os pesquisadores sugerem que pesquisas futuras combinem intervenções com maior foco em marcadores de fragilidade, incluindo bem-estar cognitivo e psicossocial.
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