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Dia Mundial do Alzheimer - Falta de acesso a saúde de qualidade é barreira no Brasil

  • Foto do escritor: Jean Carlo Freitas
    Jean Carlo Freitas
  • 20 de set. de 2017
  • 2 min de leitura

Muitos ainda são os desafios em relação à doença de Alzheimer, tanto na prevenção até uma possível cura. Nos Estados Unidos, 5,5 milhões de pessoas sofrem com doença e sua prevalência aumenta com a idade – 32% das pessoas acima dos 85 anos têm Alzheimer, e apenas 3% entre 65 a 74 anos. E com o envelhecimento da população mundial, o número de pessoas afetada pela doença só tem crescido. “O Alzheimer é a principal causa de demência e tem um impacto muito grande nos gastos da saúde pública de qualquer país, além de um alto custo social”, diz a geriatra Cristiane Comelato, diretora da SBGG-SP. Isso porque o manejo do paciente com a doença é difícil e, normalmente, algum familiar acaba encarregando-se dos cuidados diários. “Não é incomum que esse parente, normalmente uma mulher da família, deixe seu emprego para cuidar do idoso com Alzheimer. A geriatra afirma que muito já se avançou em relação ao diagnóstico e as pesquisas nesse sentido continuam – hoje já se consegue mapear genes ligados ao Alzheimer e exames radiológicos são bastante precisos para detectar a doença. “Mas infelizmente essa ainda é uma realidade dos grandes centros metropolitanos. Nem todas as grandes cidades do Brasil têm equipamento disponível e estrutura para esse diagnóstico”, afirma. Ainda que o diagnóstico do Alzheimer seja predominantemente clínico, os exames são essenciais para exclusão de outros quadros. Os medicamentos para tratar a doença também avançaram muito nos últimos anos, segundo a médica. No entanto, alguns deles, como os neurolépticos e os antidepressivos usados para o Alzheimer não estão disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde) e têm alto custo. “Estamos caminhando com as pesquisas e estudos para que, num futuro bem próximo, possamos descobrir mais recursos para retardar as causas de aparição da doença e, assim, evitá-la”. O fato de ser uma doença crônica e irreversível já é, por si só, uma grande barreira e costuma assustar bastante não apenas os pacientes, como também os cuidadores – sejam eles profissionais ou familiares. Nesse sentido, o essencial para todos os envolvidos é a busca por informação sobre a doença, aconselha a médica. “Muitas instituições sérias como a SBGG-SP e a ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) realizam eventos para melhor compreensão da doença e podem ser fonte para os familiares saberem mais”, diz. “Também é essencial para o bem-estar da família e do paciente que todos se unam para, junto com a equipe de saúde, encontrarem as melhores soluções de acordo com a necessidade do paciente”.

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