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GERP.17: Desafios da longevidade: o que a ciência nos diz?

  • Foto do escritor: Jean Carlo Freitas
    Jean Carlo Freitas
  • 10 de abr. de 2017
  • 2 min de leitura

A médica Maysa Cendoroglo, professora da Faculdade de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e pesquisadora do Ambulatório de Longevos da mesma instituição, realizou palestra com o tema “Os desafios da longevidade – o que a ciência nos diz?”.

A médica começou ressaltando que o estilo de vida influencia como cada ser humano será no futuro e destacou a importância de se conjugar aspectos positivos como atividade física e alimentação equilibrada e abandonar aspectos negativos como o tabagismo e o sedentarismo. “Há idosos que iniciaram a atividade física em idade avançada e mesmo assim têm colhido benefícios”, afirmou. Das inúmeras pesquisas realizadas com indivíduos longevos sobre fatores associados ao aumento da mortalidade, a médica destacou quais fatores influenciam na sobrevida: ser do sexo feminino, fazer exercício físico e ter um escore elevado no MEEM (Mini Exame do Estado Mental). No entanto, há casos de idosos centenários que não seguem esse padrão positivo. “Acredita-se que a genética se torna cada vez mais importante à medida que o indivíduo envelhece”, explica a médica. Diferentes estudos apontam que ela pode ter até 30% de influência na sobrevida, porém essa porcentagem tende a aumentar após os 80 anos. Outra evidência trazida pelas pesquisas é que as mulheres vivem mais, mas os homens que sobrevivem aos 80 anos têm menos doenças crônicas. Ambulatório de Longevos - Unifesp Maysa também apresentou alguns dados do Ambulatório de Longevos. Entre eles destacam-se as causas de morte. Dos 244 idosos acima de 80 anos acompanhados por 4,13 anos, desde 2010, 51 foram a óbito. Dos 244, 144 são independentes (59% do total). Entre os homens, as principais causas de óbito foram infecção, doenças cardiovasculares e câncer, nessa ordem. Entre as mulheres, a ordem muda: doenças cardiovasculares em primeiro lugar, câncer e infecção. Das comorbidades, os idosos acompanhados apresentam, em sua maioria, hipertensão, diabetes e osteoporose, bem como dor crônica predominante na região lombar e em membros inferiores. Em relação à rede social, a maioria a tem bastante comprometida; a maioria considera sua vida muito boa ou excelente, nenhum deles fuma e poucos usam álcool. A maior parte é sedentária e com prevalência de comorbidades, parte tem dificuldades visuais e auditivas. Em relação à vitamina D sérica, nota-se que nos idosos com níveis mais baixos do que 30 ng/ml há uma associação a sintomas depressivos. “É possível que nessa população seja necessário um aporte maior dessa vitamina, diferentemente do preconizado para adultos de outras faixas etárias”, disse Maysa.

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