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Velhice não é doença!

  • Foto do escritor: Jean Carlo Freitas
    Jean Carlo Freitas
  • 18 de jun. de 2021
  • 1 min de leitura

A notícia de que a Organização Mundial da Saúde (OMS) pretende incluir o código MG2A, referente à velhice, na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) deixou muitos não só estarrecidos, mas preocupados. Afinal, a velhice não deve ser considerada uma doença, pois essa denominação pode se tornar uma espécie de “rótulo” (morrer por velhice), fazendo com que os reais motivos - como as doenças relacionadas ao processo de envelhecimento - possam acabar disfarçados. Segundo os especialistas Alexandre Kalache (presidente do Centro Internacional de Longevidade no Brasil) e Carlos André Uehara (presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), em nosso país, uma média de 75% das mortes ocorrem devido a doenças crônicas não transmissíveis, sendo que mais de 70% dessas mortes acometem os maiores de 60 anos. Portanto, a questão que deve ser analisada é: é preciso dar (mais) destaque ao tratamento e à prevenção de doenças que acometem pessoas acima dos 60 anos, adotando políticas públicas que levem em consideração o rápido envelhecimento da população. Além disso, classificar a velhice como uma doença aumentará o preconceito em torno das pessoas idosas, o etarismo, que já é bastante frequente em nossa sociedade(leia mais sobre o etarismo aqui) Outro problema que essa rotulação trará é o aumento da indústria do antienvelhecimento, com suas promessas anti-aging utópicas, como se as pessoas não fossem passar por este processo natural e tão bonito que é o envelhecimento. Velhice não é doença, muito menos algo que deve ser evitado: envelhecer com saúde e disposição sim, é nisso que precisamos investir nossos esforços. Saiba mais sobre este assunto: Queremos morrer velhos, mas não “de velhice”

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