No final de 2018, o presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG-SP Tiago Alexandre assumiu a representação do Comitê Latino-Americano e do Caribe em Geriatria e Gerontologia (Comlat) na Global Social Initiative on Aging (GSIA), uma comissão da International Association for Gerontology and Geriatrics (IAGG). Entre os objetivos da GSIA estão posicionar a IAGG como uma voz ativa nas questões globais sobre o envelhecimento, criar evidências globais de como os principais contextos do envelhecimento influenciam o bem-estar dos idosos, solidificar a formação de pesquisadores e profissionais de todas as regiões do mundo, por meio de programas de Mestrado e Doutorado, e criar canais para mobilização junto aos governos e a organizações regionais, nacionais e internacionais.
Fisioterapeuta, pesquisador e professor do Departamento de Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos, Tiago Alexandre substitui Anita Liberalesso Neri, professora e pesquisadora do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O convite foi feito pela professora Norak Keating, líder da GSA, a partir de indicação da Dra Marianela Flores de Heckman, presidente da Comlat, e da Profa. Anita.
A missão do novo representante da Comlat na GSIA é trabalhar para promover a colaboração entre pesquisadores dos diversos países da América Latina e do Caribe com todo o mundo, de forma a promover novas e produtivas abordagens internacionais e transnacionais em pesquisas sobre o envelhecimento, em especial nos temas de maior interesse da GSIA. Entre esses tópicos incluem-se tendências globais, como a sustentabilidade de idosos em populações rurais diante da pobreza e da migração dos jovens para os grandes centros, o suporte intergeracional nas famílias em situações de pobreza e, ainda, mudanças globais na economia que tenham impacto sobre os idosos. A GSIA tem representantes das cinco regiões que compõem a IAGG: America do Norte, Europa, Ásia e Oceania, África e America Latina e Caribe
“Um dos meus objetivos é aumentar a rede de relacionamento em termos regionais (América Latina e Caribe) e internacionais, influenciando políticas públicas em cada um deles”, diz Alexandre. “É importante darmos sustentação para que grupos de pesquisas brasileiros e latino-americanos na área da Gerontologia tenham essas conexões.” Alexandre reforça que o Brasil possui fortes núcleos de pesquisa e de formação de especialistas em Gerontologia. “Nossos pesquisadores são muito competentes e precisam ser mais valorizados e conhecidos entre seus pares. Por esse motivo, fiquei muito satisfeito com o convite e a oportunidade de contribuir para a ampliação e a divulgação de nossas pesquisas e de nossos programas de intervenção nos vários domínios da saúde e do bem-estar das pessoas idosas do nosso continente”, diz.
Um dos primeiros trabalhos de Alexandre está sendo divulgar entre os pesquisadores da América Latina e do Caribe uma master class com o tema ageism (preconceito com relação a idosos com base no critério etário) que acontecerá em maio, no âmbito do Congresso Europeu de Gerontologia e Geriatria, na Suécia. Segundo o professor, a GSIA selecionará 25 pessoas de todo o mundo e a expectativa é que haja muitos selecionados da América Latina. “O próximo passo previsto será a promoção de uma master class em São Paulo em parceria entre a GSIA, a SBGG-SP e a SBGG Nacional”, conta.
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