Há cerca de 50 milhões de casos de demência no mundo e a projeção é que para 2050 esse número aumente para 130 milhões. Isso significa que, a cada 3 segundos, um idoso desenvolve demência. “Esses números são alarmantes e representam um custo anual global de cerca de 820 bilhões de dólares. Prevenir ou retardar o início da doença em 5 anos poderia reduzir este custo pela metade”, afirma o geriatra Marcelo Valente, presidente da SBGG-SP.
Na opinião do médico, um dia como o de hoje tem sua importância por sensibilizar e conscientizar a população, entidades governamentais e da área da saúde sobre o impacto que o Alzheimer gera em diversos âmbitos da sociedade. “É preciso discutir de que maneira podemos prevenir, diagnosticar precocemente, tratar e ajudar aqueles que convivem com a doença”, diz Valente.
Atualmente, uma das principais dificuldades em relação ao Alzheimer é o diagnóstico precoce, essencial para que o tratamento disponível – medicamentosos ou não medicamentosos – possa surtir efeito. “Os tratamentos que temos hoje têm por objetivo estabilizar ou ao menos fazer com que a progressão da doença seja mais lenta, permitindo a manutenção da independência funcional e a qualidade de vida desses pacientes”, explica o médico. O diagnóstico precoce ainda não acontece, na maior parte dos casos, porque os pacientes demoram a buscar um profissional especializado. Isso porque, muitas vezes, os sintomas iniciais da doença são atribuídos erroneamente ao processo natural do envelhecimento.
A prevenção ao Alzheimer deve acontecer ao longo da vida – daí a importância de divulgar e conscientizar a população sobre a doença. “Identificar e atuar sobre os principais fatores de risco modificáveis são as principais estratégias para a prevenção”, afirma. Entre os principais fatores modificáveis estão o baixo nível de escolaridade, perda auditiva, hipertensão arterial, obesidade, diabetes, tabagismo, depressão, sedentarismo e isolamento social.
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