A cerimônia de abertura do GERP.17 contou com a presença de representantes da SBGG-SP na figura da presidente Maisa Kairalla, também presidente do Congresso, da presidente de Gerontologia da SBGG-SP Luciane Soares, dos representantes da SBGG nacional, o presidente José Elias Soares Pinheiro e a vice Claudia Fló, bem como dos presidentes científicos do GERP Marcelo Valente, pela Geriatria, e Naira Dutra Lemos, pela Gerontologia.
Após o discurso de todos, quem emocionou a plateia foi a senhora Dulce, uma idosa de 103 anos, que contou que em sua vida nunca faltaram boa alimentação e atividade física. Na sequência, o educador físico Marcio Atala fez uma apresentação com o tema “Envelhecimento saudável”.
O especialista citou que 20% das doenças têm influência genética familiar, mas que a maioria dos problemas crônicos, como diabetes e hipertensão, são determinados por mais de um gene. Para que o gene se manifeste, há uma influência de 50% do estilo de vida. “Se todo mundo sabe disso, por que simplesmente não conseguimos adotar um estilo de vida mais saudável?”, indagou à plateia. Porque, ele explicou, o meio ambiente acaba por determinar o estilo de vida. E a vida nos grandes centros urbanos como São Paulo fez com que o ser humano deixasse de se movimentar.
“Não adianta ficar esperando sentir vontade de fazer exercício. O homem foi criado para poupar energia”, explicou o educador físico. Ele diz que, se no princípio da história da humanidade isso fazia sentido porque era preciso caçar e se movimento muito para conseguir alimento, poupar energia era uma questão de sobrevivência. Hoje, com tanta comida disponível e a tecnologia que nos tira grande parte do trabalho braçal, o ser humano não se movimento mais como antigamente.
Com comida em abundância, cada vez mais industrializada, e pouco movimento, o resultado são sobrepeso e doenças crônicas. Se essas consequências são ruins em qualquer faixa etária, são mais sentidas ainda durante o envelhecimento e se expressam por meio de doenças crônicas como hipertensão e diabetes.
Para o especialista, o exercício programado – aquele que é feito em academia ou parques – é excelente, mas é possível colocar um fim ao sedentarismo com atitudes no dia a dia. “Quem trabalha por cinco horas sentado, pode levantar a cada uma hora para andar um pouco ou mesmo trabalhar em pé. É possível trocar o elevador e a escada rolante pela escada comum. Para isso é preciso pensar, se conscientizar do movimento para criar o hábito”.
Atala reforçou a importância, inclusive econômica, de se investir na promoção de uma melhor qualidade de vida. “Cada um Real investido em prevenção economiza 4 reais na Medicina terciária”, disse. E salientou que o exercício físico é possível mesmo para idosos mais frágeis fisicamente. “A cada hora de TV assistida, o idoso pode se levantar, andar pela sala por seis minutos. Só isso já produzirá um bom impacto em sua condição física”.
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