Ainda pouco difundido, o centro-dia é uma modalidade de serviço que recebe idosos para permanência diurna com os objetivos de acolhimento, realização de atividades e integração social. O serviço é voltado a idosos com um perfil específico. Em linhas gerais, o foco é aquela pessoa que não pode ficar em casa sozinha durante o dia. “Não é o idoso totalmente independente, cujo perfil é atendido por centros de convivência, nem aquele que precisa de atenção domiciliar”, explica Naira Dutra Lemos, assistente social, especialista em Gerontologia e responsável pelo Ambulatório para Cuidadores da Disciplina de Geriatria e Gerontologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Essa convivência diurna com uma equipe multidisciplinar e pessoas da mesma idade traz inúmeros benefícios para o idoso e para a família – por isso a importância de o profissional de saúde conhecer e indicar esse serviço.
Para a família, além da tranquilidade de ter um local onde deixar o idoso durante o dia, enquanto os demais adultos trabalham, há uma grande economia, já que deixam de contratar cuidadores ou outros profissionais para estar durante esse período com o familiar. Mesmo que a opção seja por um centro-dia particular – e há muitos na capital paulista – a mensalidade sai mais em conta do que contratar um cuidador, ainda mais considerando que o idoso em questão não tem grande grau de dependência.
Para os idosos, as vantagens são inúmeras. O convívio social com pessoas da mesma faixa etária permite o estabelecimento de novos vínculos e eles têm a oportunidade de participar de uma série de atividades esportivas, culturais e mesmo de cuidados, dependendo do centro-dia, como fisioterapia e terapia ocupacional. “Esses fatores fazem diferença inclusive para o aumento da longevidade”, conta a fisioterapeuta Rachel Vainzoff Katz, gerente do centro-dia Unibes (União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social), um serviço conveniado dessa instituição com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (CREAS) da prefeitura do município de São Paulo.
O centro-dia Unibes, que completou dois anos, foi o primeiro dos atuais 16 centros-dia públicos da capital paulista. Embora não estivesse no plano de metas da prefeitura, os idosos da região central de São Paulo se uniram à Unibes para pleitear o serviço.
Hoje, ele tem capacidade para atender 30 idosos, que chegam ao serviço encaminhados pelo CREAS após avaliação social e de saúde. Por esse motivo, os profissionais que quiserem indicar os centros-dia públicos para idosos devem orientá-los a procurar o CREAS da região de moradia (a lista com endereços e telefones dos CREAS de São Paulo pode ser acessada aqui).
Os centros-dia privados são formados por equipes multidisciplinares, inclusive com enfermeiras para ministrar os medicamentos de uso contínuo dos idosos. Nos serviços públicos, por estarem ligados à Secretaria de Assistência Social, os idosos são levados às unidades básicas de saúde (UBS) mais próximas caso tenha medicamentos a tomar ou tenha algum mal-estar durante a permanência no centro.
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