O Ministério da Saúde divulgou recentemente os dados mais atualizados sobre as hepatites virais no país. O Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais de 2017 mostra uma continuidade na tendência apontada nos anos anteriores – a de que os idosos são a faixa etária mais atingida pela doença do tipo B e a terceira mais afetada pela tipo C.
“Isso se deve, em parte, ao aumento demográfico da população idosa”, explica a geriatra Maisa Kairalla, presidente da SBGG-SP. “Também podemos atribuir ao fato de ser uma população mais exposta aos riscos de contaminação pelo ato sexual sem proteção e uso de drogas de seringa, já que hoje temos idosos de diferentes perfis”.
Segundo o Boletim 2017, a hepatite B é a mais prevalente na população brasileira, no entanto, a C é a causa de maior mortalidade entre os três subtipos. Entre os casos de óbito por hepatite A, o perfil populacional mais atingido são os indivíduos acima de 60 anos, ainda que a incidência da doença esteja bem distribuída por todas as faixas etárias.
Nos últimos anos, a população com maior número de indivíduos com hepatite B era aquela entre 30 e 34 anos, mas em 2016 os idosos acima de 60 anos passaram a liderar essa estatística, com 13,1% do total de casos. No caso da hepatite C, os adultos acima de 60 anos eram, desde 1999, o grupo com maior número de notificações. No último ano, no entanto, o grupo entre 55 e 59 anos passou à frente, seguido pelo de 50 a 54 anos, e então pelos indivíduos acima dos 60.
“Em relação à hepatite C, devemos recomendar os mesmos cuidados que são dados à população jovem, ou seja, manter relações sexuais com preservativo, não compartilhar seringas e ter cuidado com a agulha de tatuagem”, orienta a geriatra.
No caso das hepatites A e B, a vacinação é a melhor prevenção. “Os idosos devem ser vacinados contra esses dois tipos. É comum sermos imunes à hepatite A, mas é preciso conversar com o médico para saber sobre a situação imunológica e tomar as vacinas”, diz.
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