Entre os anos de 2015 e 2030 o número de idosos no mundo terá um aumento de 56%, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Isso representa uma passagem de 901 milhões de pessoas para mais de 1,4 bilhão. Esse número superará o de jovens entre 15 e 24 anos. O Brasil, cuja população de idosos sempre foi compatível com a de países em desenvolvimento, hoje se compara aos países desenvolvidos.
Atualmente, a população brasileira acima dos 60 anos supera os 15%. No entanto, o aumento da representatividade dessa faixa etária não implicou em ampliação de direitos. Segundo o IBGE, de 2005 a 2015 houve queda no nível de ocupação de 30,2% para 26,3% dos idosos – o que indica a vulnerabilidade desses no mercado de trabalho, segundo o próprio IBGE.
Diante dos números, a mudança de mentalidade sobre o envelhecimento é urgente. “Todos temos de pensar nisso”, diz a geriatra Maisa Kairalla, presidente da SBGG-SP. Lutar pelos direitos dos idosos, maior acesso à saúde e à educação continuada são elementos que podem mudar o cenário para esse grupo etário. “Precisamos lugar para um envelhecimento saudável e sustentável para que esta fase da vida, na qual todos chegaremos um dia, seja prazerosa e digna”, afirma a médica.
Assim, o Dia Internacional do Idoso, em 1 de outubro, deve ser uma data de conscientização sobre o presente e o futuro, mas que também precisa ser comemorada. “Parabenizo a todos os idosos e também todos aqueles que, conosco, pensam e agem por um futuro melhor”, diz a presidente da SBGG-SP.
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