Divulgado Índice de Qualidade de Morte 2015, da Economist Intelligence Unit

Acaba de ser divulgado o Índice de Qualidade de Morte 2015 (Death Quality Index 2015), uma pesquisa da consultoria britânica Economist Intelligence Unit. Trata-se de um ranking que classifica países em relação aos cuidados paliativos oferecidos à sua população segundo critérios como ambiente de saúde e cuidados paliativos, recursos humanos, formação de profissionais, qualidade de cuidado e engajamento da comunidade.
Dos 80 países avaliados, o Brasil ficou na 42a posição. Na América Latina, o Chile ficou em 27o lugar, a Argentina em 32º, o Uruguai em 39º e o Equador em 40º. Para a organização do ranking foram utilizados dados oficiais, pesquisas e entrevistas com profissionais da área. Para o estudo do Brasil, a consultoria ouviu Maria Goretti Salles Maciel, presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). Segundo ela, embora a situação dos Cuidados Paliativos no país ainda esteja muito aquém do ideal, o Brasil melhorou desde o último índice, divulgado em 2010, que colocava o Brasil em 38o posição numa lista de 40 países avaliados.
Entre as conclusões apresentadas pelo relatório estão:

  • O Reino Unido apresenta a melhor qualidade de morte de todo o ranking. Países ricos tendem a ocupar melhores posições no ranking – em segundo lugar está a Austrália, seguida por Nova Zelândia. Nos últimos dois lugares estavam Bangladesh e Iraque;
  • Países com melhor qualidade de morte compartilham caraterísticas, como uma política nacional de cuidados paliativos, altos gastos públicos em serviços de saúde, treinamento extensivo para os profissionais envolvidos, grande oferta de opioides e forte consciência pública sobre cuidados paliativos;
  • Políticas nacionais são vitais para o aumento de acesso a cuidados paliativos;
  • O treinamento de médicos e enfermeiros é essencial para acompanhar a crescente demanda;
  • Subsídios são necessários para que o tratamento seja acessível;
  • A qualidade do tratamento depende do acesso a opioides, analgésicos e suporte psicológico;
  • Esforços da comunidade são importantes para aumentar a conscientização e estimular conversas sobre a morte e final de vida.
  • A área de cuidados paliativos precisa de investimento, mas oferece uma otimização de custos.

 
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