A geriatra Maisa Kairalla tem uma longa história com a SBGG-SP. Diretora há nove anos, foi durante cinco deles diretora científica da instituição, e presidente nos últimos dois. Despede-se da função neste fim de junho e, nesta entrevista, faz um balanço de sua gestão 2016-2018.
Como foi sua experiência à frente da instituição nestes dois últimos anos?
Ser presidente e gestora da SBGG-SP me trouxe muitos ganhos profissionais e pessoais. Entendi que temos de escolher o que plantar e, portanto, isso nos faz responsável pelo que colhemos. Foi desafiador, mas procurei atender às expectativas de todos. Saio feliz. Houve ainda circunstâncias pessoais que me marcaram. Conciliar tudo foi uma grande empreitada, sem dúvidas. Mas o saldo é de que valeu a pena ter vivenciado essa experiência.
Como ficou a relação entre a seção São Paulo e a SBGG Nacional?
Nos aproximamos muito da Nacional e nossa relação é muito sadia e fértil. Agradeço demais ao Dr. José Elias Soares Pinheiro, presidente, a Dra Claudia Fló, presidente de Gerontologia, o Dr. Daniel Azevedo e advogada Cyane Tinoco, do Departamento Jurídico. Todos me apoiaram muito, contribuíram imensamente para aumentar ainda mais a credibilidade da SBGG-SP. Nos reconheceram como um importante apoio e, também, nos deram força para impulsionar a instituição. Certamente essa união fortalecerá o movimento da Geriatria e da Gerontologia no Brasil.
A SBGG-SP ganhou bastante destaque na mídia nesses últimos anos.
Sim, investimos bastante em Comunicação, de maneira geral. Nosso site e Facebook são bastante ativos, com quase 10 mil seguidores. Temos também uma parceria muito bacana com a Dínamo Editora, que publica a Revista Aptare, na qual a SBGG-SP escreve uma seção. Aumentamos muito nossa participação na mídia em geral, digital, escrita e em diversos programas de televisão.
A SBGG-SP foi muito ativa também em cursos e eventos. Gostaria de destacar alguns?
Para profissionais, apoiamos diversos cursos e eventos dos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, bem como o Avante, da Nestlé, os seminários sobre envelhecimento do laboratório Aché – o último deles acontece no início de julho, em Belo Horizonte – e uma pesquisa sobre o envelhecimento no Brasil com a Bayer. Devo destacar essa parceria com a indústria, que tem sido muito profícua para todos. Também promovemos nossos próprios cursos com os temas Alzheimer, Prevenção na Geriatria e Cuidados Paliativos, e tantos outros em parceria com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Importante também nossa parceria com as universidades, com a Oftalmogeriatria e com a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), trabalhando junto com esses profissionais. Nos preocupamos ainda com a formação dos jovens profissionais e estivemos presentes nos encontros das Ligas de Geriatria. Colocamos o selo SBGG-SP em três livros lançados nesse período de 2016 a 2018.
O GERP.17 também foi um sucesso.
Tivemos mais de 2 mil inscritos, pouco mais de 500 trabalhos científicos aprovados e, graças à parceria com a indústria farmacêutica, conseguimos a participação de três palestrantes internacionais de alto nível – John Morley, Janet Lord e Ryan Woolrych. Realizamos o GERP Comunidade, com atividades culturais voltadas ao público idoso em geral, em parceria com o SESC e a Prefeitura de São Paulo. Foi algo fantástico!
A SBGG-SP tem investido na relação com o público em geral também, para além da comunidade científica.
Sim, essa foi uma das marcas da nossa gestão. Participamos ativamente da Virada da Maturidade e do Memory Walk, evento este da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer). Apoiamos a realização do Ensaios sobre Envelhecer, promovido pela Revista Aptare e o CRI Norte, e realizamos, com grande sucesso, o evento inédito Educar para Envelhecer, no Parque do Povo, em maio, com a participação de 400 pessoas da comunidade. Fizemos, este ano, uma parceria com o Elo21, entidade que trabalha com síndrome de Down, já que essa população também está envelhecendo.
Ou seja, foram diversas as parcerias feitas.
Muitas! Agradeço a todas as instituições e empresas que estiveram conosco. Não posso deixar de agradecer ainda a todos os membros da diretoria que estiveram comigo nessa gestão.
Qual mensagem a senhora deixa para a próxima gestão 2018-2020?
Eu tive um time muito coeso, com pessoas pensando no bem maior da Geriatria e da Gerontologia. Espero que essa direção continue na SBGG-SP: que o bem coletivo sempre esteja acima do individual. Desejo de coração que tenham muito sucesso e que sejam capazes, com muito brilhantismo, de dar os próximos passos para tornar a SBGG-SP cada vez mais forte.
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