Faltam menos de dois meses para o GERP.17 – 10⁰ Congresso Paulista de Geriatria e Gerontologia, entre os dias 6 e 8 de abril. A programação científica está definida e representa um grande equilíbrio entre os temas de geriatria e gerontologia. “A comissão científica trabalhou incansavelmente durante os últimos meses para trazer temáticas que ainda geram dúvidas entre os especialistas, bem como atualização de assuntos já consagrados e a discussão de temas inovadores”, conta o geriatra Marcelo Valente, presidente de Geriatria da Comissão Científica do Congresso.
A assistente social Naira Dutra Lemos, presidente de Gerontologia do GERP.17, ressalta a integração dos temas de geriatria e gerontologia como um dos diferenciais do Congresso. “Tentamos equilibrar o peso das duas áreas nas mesas-redondas. E, quando não foi possível convergir temas em uma mesma mesa, tentamos misturar os profissionais da geriatria e da geronto”, diz. Entre os temas da gerontologia, Naira destaca a questão da moradia para idosos e as modalidades de atenção. “O debate sobre o idoso com deficiência intelectual com participação de profissionais da Apae será inédito em congressos desse tipo”, afirma.
Além dos temas, outro ponto forte do GERP.17 é a diversidade dos formatos de discussão, segundo o geriatra. Haverá minicursos, cartas magnas, conferências e miniconferências, palestras, simpósios, mesas-redondas, updates, highlights, controvérsias e casos clínicos interativos. “Ainda, a principal conquista será reunir expoentes da geriatria e da gerontologia paulista e brasileira em um evento que contará com a participação de renomados pesquisadores internacionais”, diz o geriatra.
Palestrantes internacionais
O GERP.17 contará com a participação de três palestrantes internacionais. Ryan Woolrych, professor na área de saúde e bem-estar da Universidade de Heriot-Watt em Edimburgo, na Escócia e professor na área de envelhecimento da Universidade Simon Fraser em Vancouver, no Canadá, participará de duas videoconferências abordando temáticas ainda pouco discutidas no Brasil. A primeira conferência será sobre Gerontecnologia, campo profissional recente de natureza interdisciplinar que combina gerontologia e tecnologia e cujo objetivo é pesquisar e desenvolver ferramentas tecnológicas que permitam ao idoso envelhecer com qualidade. Na segunda conferência, Woolrych fará uma abordagem sobre o desenvolvimento de cidades e comunidades amigas do idoso.
Janet Lord, professora de biologia celular e imunologia da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, tem como principal área de pesquisa o envelhecimento do sistema imune e sua relação com condições inflamatórias crônicas no idoso. Ela participará de três conferências abordando os seguintes temas: atividade física e envelhecimento saudável, imunossenescência e Inflammaging, além de stress e imunidade. “Teremos oportunidade de discutir de que forma as alterações imunológicas relacionadas ao envelhecimento podem tornar o idoso mais suscetível a doenças crônicas e de que maneira a preservação do sistema imunológico está relacionada ao envelhecimento bem-sucedido”, explica Valente.
E, ainda, John Morley, professor e diretor das divisões de geriatria e endocrinologia da Escola de Medicina da Universidade de Saint Louis, nos Estados Unidos. Conhecido internacionalmente por seus estudos sobre fragilidade, sarcopenia, alterações hormonais e envelhecimento, nutrição, envelhecimento e sexualidade, e doença de Alzheimer, trará as novidades de duas das principais temáticas da área da geriatria discutidas na última década. Na primeira conferência, o tema será Síndrome da Fragilidade: desafios na padronização de ferramentas de rastreio e, a segunda, Definições e possibilidades de intervenções na sarcopenia. Além dessas duas conferências, Morley participará do curso sobre Inter-relações entre fragilidade e neurodegeneração a ser realizado no período da manhã do sábado, 8 de abril.
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Expectativas para o GERP.17
Para Naira, os participantes do Congresso, além de terem o privilégio de contar com os principais profissionais palestrantes para se atualizar nos temas mais atuais da Gerontologia e da Geriatria, terão a oportunidade de pensar a complexidade da área.
“O GERP deste ano nos possibilitará focar não apenas na área da saúde, mas em todas aquelas que nos permitem compreender melhor o contexto do atendimento do idoso em todas as fases do envelhecimento”, afirma. “Isso é muito rico para o conhecimento.”
Além da aquisição de informações em educação, ciência e atualização em geriatria e gerontologia, Valente destaca a oportunidade de integração. “Os congressistas poderão ampliar sua rede de relacionamentos e novos conhecimentos que, certamente, serão incorporados à boa prática clínica”, afirma.
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