Um dos destaques do GERP 2015 serão os minicursos temáticos que precederão as atividades do congresso. Os tópicos selecionados fazem parte da prática diária dos profissionais de saúde e incluem diabetes, demências, vacinas, nutrição, entre outros.
No minicurso de diabetes, patrocinado pela Novartis, serão abordados temas como “Conhecimento atual da fisiopatologia do diabetes no idoso”, “Metas individualizadas no controle do diabetes no idoso”, “Desafios no manejo do tratamento do diabetes no idoso” e “Avaliação e estratificação de risco cardiovascular no idoso com diabetes”.
A médica Cândida Parisi, coordenadora do departamento de pé diabético da Sociedade Brasileira de Diabetes, falará sobre “Neuropatias e pé diabético no idoso”. “Nosso intuito será discutir os principais aspectos relacionados a fisiopatologia do pé diabético, as formas de enfrentamento e prevenção, com um detalhamento em especial direcionado a avaliação da neuropatia diabética, uma das principais causas do pé diabético em nossos país”, adianta.
Segundo ela, a cada 18 segundos um diabético amputa o membro inferior por causa de complicações relacionadas ao diabetes. “Este cenário não poupa nenhuma parte do mundo, nenhum país, nem região. Diabéticos estão vivendo mais, e, a cada dia, mais diabéticos idosos estão sob nossos cuidados. A literatura é vasta sobre o tema, mas é contundente quanto ao fato que o pé diabético não é somente a principal causa de amputações em todo o mundo, como também contribui significativamente para piora da qualidade de vida, é grande causa de internações e, principalmente reduz significativamente a sobrevida”, explica ela. “A questão central que se coloca primeiro é como abordar o problema no paciente idoso; segundo, se é possível prevenir esta complicação.”
Cândida esclarece que o pé diabético (úlcera, infecção nos pés) deve ser enfrentado no paciente idoso, especialmente por se tratar de um grupo que tem a fragilidade adicional relacionada a idade e outras doenças associadas. “Este enfrentamento, por sua vez, tem de ser imediato. Pequenos atrasos em diagnóstico/tratamento muitas vezes podem significar amputação no idoso e redução da sua sobrevida”, alerta.
A médica acrescenta que, ao mesmo tempo, a avaliação do chamado pé de risco para úlcera, que é a situação clínica que favorece a ocorrência do pé diabético, faz toda a diferença. “A detecção do pé de risco permite implementar medidas de cuidado e prevenção que são efetivas na maior parte dos casos”, finaliza.
Ajuda da tecnologia
Para ajudar nesse diagnóstico, será lançado em novembro o SISPED, um software de detecção, diagnóstico e proposição de condutas iniciais em pé de risco para úlcera e em neuropatia diabética, que poderá ser utilizado por profissionais médicos, de enfermagem e fisioterapia. “A intenção é promover o diagnóstico e auxiliar na abordagem inicial”, explica a médica.
O software foi desenvolvido por Karla F. Rezende, professora associada da Universidade Federal de Sergipe, e foi cedido para uso gratuito pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). O recurso pode ser acessado pelo site da SBG e será posteriormente transformado em aplicativo para iPad e smartphones. O software será disponibilizado oficialmente durante o XX Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes, que acontece entre 11 e 13 de novembro. “Neste momento, estamos divulgando o software entre outras sociedades médicas para ampliar seu uso pelos vários profissionais que atendem e cuidam de pacientes diabéticos e, com isso, auxiliar na prevenção do pé diabético”, diz.
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