Vacinação está diretamente ligada com qualidade de vida e prevenção de doenças. No entanto, parte da população ainda não se conscientizou da importância da vacinação, tanto a recomendada para crianças quanto para idosos.
Para as crianças, o não cumprimento do calendário de vacinação tem feito surgir doenças que já eram consideradas erradicadas. Segundo o Ministério da Saúde, os casos de coqueluche tiveram um aumento de 10 vezes no Brasil, e surtos de sarampo, em 2015, fizeram ressurgir a preocupação com a doença que não aparecia há 12 anos.
Em relação aos idosos, muitos desconhecem ou não estão conscientes de que há vacinas recomendadas para a população acima dos 60 anos. Nesse grupo, cujo sistema imunológico costuma ser mais frágil, a vacinação é essencial não só para a qualidade de vida como também para o aumento da expectativa de vida, segundo o Guia de Vacinação da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM). O mesmo Guia orienta sobre os objetivos do calendário de vacinação dos idosos:
- Proteger de doenças infecciosas potencialmente graves
- Reduzir a suscetibilidade e o risco de quadros infecciosos graves pela presença de comorbidades.
- Prevenir a descompensação de doenças crônicas de base causada por doenças infecciosas.
- Melhorar a qualidade e a expectativa de vida
O Ministério da Saúde oferece gratuitamente um grande número de vacinas contra diversas doenças graves. Veja a seguir as que estão recomendadas para a população com 60 anos ou mais e quais estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde ou apenas nas clínicas particulares:
- Vacina influenza:é oferecida anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza.
- Vacina pneumocócica 23-valente:é administrada durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, nos indivíduos de 60 anos e mais não vacinados que vivem acamados e ou em instituições fechadas como casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos, casas de repouso.
- Difteriae tétano (dupla adulto): São 3 (três) doses da vacina e, após o esquema vacinal completo, administrar reforço a cada 10 anos. Embora no sistema público não esteja disponível, a rede privada oferece a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto, que imuniza contra difteria, tétano e coqueluche.
- Febre amarela: A vacina faz parte do Calendário Nacional de Vacinação dos estados onde há risco de contrair a doença: todos os estados das regiões Norte e Centro Oeste; Minas Gerais e Maranhão; alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Está indicada para residentes ou viajantes para as áreas com recomendação da vacina (pelo menos 10 dias) antes da viagem. No restante do país está disponível para quem vai viajar para as áreas de risco (áreas com recomendação da vacinação ou países endêmicos para a febre amarela).
- Hepatite B: 3 (três) doses da vacina hepatite B com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e de 6 (seis) meses entre a primeira e a terceira dose (0, 1 e 6 meses). A vacina para Hepatite A também pode ser indicada caso o médico ache necessário. No entanto, não está disponível na rede pública.
- Herpes zoster – O herpes zoster, popularmente conhecido como cobreiro, é causado pela reativação do vírus varicela-zoster, que causa a varicela (catapora) geralmente durante a infância. A complicação mais comum do herpes zoster é a neuralgia pós-herpética (NPH), uma dor crônica que pode durar de meses a anos e causa grande impacto na qualidade de vida, principalmente do idoso.É recomendada para a população acima dos 50 anos, mesmo aqueles que já tiveram catapora. Só está disponível na rede privada.
Para saber mais, consulte aqui o Guia de Vacinas da SBGG e da SBIM.