A data de 14 de março foi escolhida como o Dia Mundial da Conscientização sobre Incontinência Urinária. Durante o mês todo acontecem eventos tratando sobre o assunto em diversos locais do mundo.
Incontinência urinária não precisa fazer parte da vida de ninguém, nem do envelhecimento. Embora seja muito comum, atingindo 5% da população mundial e ocorra duas vezes mais em mulheres do que em homens acima dos 60 anos, esse problema já pode ser controlado.
É verdade que o envelhecimento aumenta a probabilidade de incontinência, pois a queda nos níveis hormonais, bem como a perda de força muscular e alterações na bexiga são os principais causadores. De qualquer maneira, há tratamento.
O primeiro passo é reconhecer o problema. “Qualquer perda urinária, mesmo que sejam apenas algumas gotinhas, já é considerada incontinência”, afirma a fisioterapeuta Juliana Schulze, especialista em reabilitação do assoalho pélvico, um dos tratamentos para incontinência. Outro sinal é ter urgência em urinar (e não ter grande quantidade de urina) e acordar muitas vezes à noite com vontade de ir ao banheiro. “O normal é urinar até oito vezes por dia, inclusive a noite. Se for além disso, pode ser sinal de alguma alteração”, diz Juliana.
Se os episódios estiveram acontecendo, informar o médico é a atitude correta para que ele avalie o melhor tratamento. A reabilitação do assoalho pélvico, para fortalecer os músculos da região, é a terapia inicial que costuma ser mais indicada, mas há ainda cirurgias e medicamentos possíveis.
Há vários fatores para serem considerados. “A primeira investigação que o médico fará é para detectar se há alguma infecção, que possa gerar esse sintoma de perda urinária”, diz Claudia Haccad, fisioterapeuta que também atua com reabilitação do assoalho pélvico. Se não há infecção ou se os episódios de incontinência continuam mesmo após o tratamento da infecção, o paciente precisa fornecer ao médico outras informações. Por exemplo, se toma diurético à noite e a quantidade de líquido ingerida depois do jantar. “Todas essas informações são importantes para que o médico consiga verificar se há realmente um problema ou se apenas adequando a ingesta hídrica e mudando o horário dos medicamentos já há melhora dos sintomas”, diz Claudia.
O médico a ser procurado pode ser tanto o geriatra como o urologista ou o ginecologista – o importante é que o paciente sinta-se seguro e não tenha vergonha de falar sobre a incontinência.
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