O Centers for Disease Control (CDC) acaba de publicar no periódico JAMA suas diretrizes para prescrição de opioides para dor crônica. O objetivo é fornecer recomendações sobre a prescrição de opioides para clínicos que tratam pacientes adultos com dor crônica fora do contexto de tratamento ativo para câncer, cuidados paliativos e cuidados de fim de vida.
“Para clínicos, o gerenciamento da dor é algo desafiador. A evidência de eficácia de opioides para dor crônica a longo prazo é limitada. O consumo de opiáceos está associado a riscos graves, incluindo abuso e overdose”, diz a publicação.
Para desenvolver essas diretrizes, o CDC atualizou uma revisão sistemática de 2014 sobre a eficácia e os riscos de opioides e conduziram uma revisão suplementar sobre os benefícios e os danos, valores e preferências, além dos custos. A instituição usou a metodologia GRADE para avaliar tipo de provas e determinar a categoria de recomendação.
São 12 recomendações ao todo. De importância primária, a terapia não-opioide é o tratamento de escolha para dor crônica. Opioides só devem ser usados quando os benefícios esperados para dor e função compensam os riscos. Antes de iniciar com opioides, os médicos devem estabelecer metas de tratamento com o paciente e considerar como os opioides serão descontinuados se os benefícios não superarem os riscos. Quando são utilizados opioides, os médicos devem prescrever a menor dose eficaz, reavaliar cuidadosamente os benefícios e riscos quando considerar o aumento da dosagem para o equivalente a até 50 mg de morfina ou mais por dia, e evitar uso concomitante de opioides e benzodiazepínicos sempre que possível. Os médicos devem avaliar os benefícios e malefícios da terapia opioide contínua com os pacientes a cada 3 meses ou mais frequentemente e rever os dados do programa de monitoramento de prescrição do medicamento, quando disponíveis, para combinações ou dosagens de alto risco. Para os pacientes com transtorno de uso de opioides, os médicos devem oferecer ou providenciar o tratamento baseado em evidências, como o tratamento assistido com medicação com buprenorfina ou metadona.
“As diretrizes destinam-se a melhorar a comunicação sobre os benefícios e os riscos de opioides para dor crônica, melhorar a segurança e eficácia do tratamento da dor, e reduzir os riscos associados à terapêutica opioide de longo prazo”, conclui a publicação.
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