Apesar de ajudarem, ligações e mensagens podem ser menos relevantes para o risco de um idoso tornar-se deprimido quando comparado com interações pessoalmente
Visitar amigos ou familiares pessoalmente mesmo que apenas algumas vezes ao mês pode reduzir o risco de depressão em idosos, segundo um novo estudo publicado no periódico Journal of the American Geriatrics Society. Telefone, cartas ou e-mail não têm o mesmo impacto sobre o risco de depressão, afirmaram os pesquisadores.
Foram examinados para o estudo dados de mais de 11 mil pessoas com 50 anos ou mais, que participaram do Estudo de Saúde e Aposentadoria entre 2004 e 2010. Uma parte da pesquisa foi dedicada a investigar a atividade social dos participantes. Um outro aspecto do estudo envolvia uma entrevista conduzida pessoalmente, em que eram medidos os sintomas de depressão. Os pesquisadores ajustaram os resultados para permitir 12 potenciais fatores de confusão, incluindo o estado de saúde, distância física da família, e depressão pré-existente. O objetivo era determinar se diferentes métodos de contato social estavam ligados a riscos maiores ou menores para ter sintomas de depressão.
“Sabemos há muito tempo que o contato e o apoio social são saudáveis, mas a pesquisa não foi atualizada com as novas formas de interação, em que o contato vem de mensagens no Facebook ou de telefonemas para familiares”, disse Alan Teo, professor assistente de Psiquiatria da Oregon Health & Science University e principal autor do estudo. “Este estudo começa a responder a essas perguntas ao descobrir os efeitos da forma com que você se conecta com as pessoas na saúde mental, e sugere que nada é melhor do que visitar amigos e familiares pessoalmente.”
Na sua investigação, a equipe determinou quantas vezes os participantes se conectavam socialmente, seja em visitas presenciais ou por telefone ou por escrito, incluindo e-mail. Os pesquisadores também determinaram com quem os participantes se conectavam: seus filhos, outros membros da família e/ou amigos. O que foi observado é que indivíduos que tinham contato social presencial a cada poucos meses ou menos tiveram uma probabilidade significativamente maior de apresentar sintomas depressivos em comparação com aqueles que tinham contato em pessoa uma ou duas vezes por mês ou uma vez ou duas vezes por semana.
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