Inúmeros estudos tentam estabelecer uma relação direta da vitamina D com o adiamento do envelhecimento. Segundo essas pesquisas, a vitamina D teria o poder não só de minimizar o envelhecimento da pele eliminando radicais livres, como prevenindo problemas comumente ligados ao aumento da idade, como osteoporose e fraqueza muscular.
Diagnosticar os níveis de vitamina D no organismo é bastante simples. Uma pequena amostra de sangue mostra se há deficiência dessa substância. Produzida por ação da radiação ultravioleta na pele, passou a protagonista nas discussões sobre saúde e bem-estar, já que o diagnóstico generalizado permitiu levantar uma estimativa da deficiência de vitamina D em mais de 30% da população. Muitos médicos não têm dúvida: diante de um diagnóstico de déficit de vitamina D, a escolha é por fazer a reposição, não importa a idade do paciente.
No entanto, o geriatra Maurício de Miranda Ventura, diretor da SBGG-SP, afirma que não há fortes evidências científicas sobre a necessidade de se realizar a reposição em todo e qualquer paciente.
No Brasil e em outros países com sol abundante o ano todo, vitamina D não deveria ser problema. Mas é. Isso porque a maior parte da atividade da população das grandes cidades é feita longe da exposição solar, em locais fechados. Trabalho, passeio e até mesmo as atividades físicas – em academias de ginástica, não em parques, praias ou nas ruas. Adicionado a essa rotina está o uso de protetor solar diário com o objetivo de prevenir o câncer e o envelhecimento da pele causados pelos raios ultravioletas.
Cientificamente, está provado que a vitamina D é benéfica para aumentar a força muscular e no tratamento da osteoporose. Somente nesses casos. “Não há nenhuma evidência da eficácia de se repor vitamina D nos indivíduos que tenham déficit e não estejam no grupo de risco”, afirma o geriatra. Estão no grupo de risco as pessoas com déficit de vitamina D e com osteoporose, perda de força muscular e idosos com risco de queda. O grupo inclui também pacientes acometidos por alguns tipos de linfomas e usuários de medicamentos anticonvulsivantes à base de corticoide.
Os defensores da suplementação de vitamina D apontam que ela seria ainda eficaz no combate à demência, doenças cardiovasculares, diabetes e algumas infecções. Nada com 100% de evidência científica, segundo Ventura. “Não há estudos comprovando que a reposição da vitamina D na população adulta e jovem tenha qualquer benefício atual ou como prevenção para problemas futuros”.
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