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As especificidades dos longevos

  • Foto do escritor: Jean Carlo Freitas
    Jean Carlo Freitas
  • 29 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura

Na parte da manhã do segundo dia da I Conferência Aché e Geriatria, houve prosseguimento nas aulas sobre o envelhecimento e a longevidade, bem como discussões de casos médicos. A médica Maysa Cendoroglo, professora da Faculdade de Medicina da Unifesp e pesquisadora do Ambulatório de Longevos da mesma instituição, realizou palestra com o tema “Os desafios da longevidade – o que a ciência nos diz? ”. “É preciso encontrar respostas esclarecedoras para os longevos, que terão necessidades específicas e querem respostas para estar em boas condições de vida no envelhecimento”, afirmou, lembrando que o estilo de vida influencia como cada ser humano será no futuro, sempre conjugando atividade física e alimentação equilibrada como pontos fortes e abandonando aspectos negativos como o tabagismo e o sedentarismo. “É importante ressaltar que há idosos que iniciaram a atividade física em idade avançada e mesmo assim têm colhido benefícios”, afirmou. Das inúmeras pesquisas realizadas com indivíduos longevos sobre fatores associados ao aumento da mortalidade, a médica destacou quais os aspectos positivos na sobrevida: ser do sexo feminino, fazer exercício físico e ter um escore elevado no MEEM (mini exame do estado mental). No entanto, há casos de idosos centenários que não seguem o padrão positivo e, ainda assim, vivem muitos antes. “Acredita-se que a genética torna-se cada vez mais importante à medida que o indivíduo envelhece”, explica a médica. Diferentes estudos apontam que ela pode ter até 30% de influência na sobrevida e tende a aumentar após os 80 anos. Outra evidência trazida pelas pesquisas é que as mulheres vivem mais, mas os homens que sobrevivem aos 80 anos têm menos doenças crônicas. Ambulatório de Longevos - Unifesp Do Ambulatório, Maysa apresentou alguns dados, entre eles as causas de morte. Dos 244 idosos acima de 80 anos acompanhados desde 2010, 51 foram a óbito. Entre os homens, as principais causas foram infecção, doenças cardiovasculares e câncer, nessa ordem. Entre as mulheres, a ordem muda: doenças cardiovasculares em primeiro lugar, câncer e infecção. Das comorbidades, os idosos acompanhados apresentam, em sua maioria, hipertensão, diabetes e osteoporose, entre outras, bem como a dor crônica predominante na região lombar e em membros inferiores. Em relação à vitamina D, nota-se que nos idosos com níveis mais baixos do que 30 ng/ml há uma associação a quadros depressivos. “É possível que nessa população este seja o nível ideal, diferentemente dos 10 ng/ml entre adultos de outras faixas etárias”, disse Maysa. Discussões de caso Chamada de “Como tratar”, a sessão na Conferência que trouxe a discussão de casos médicos apresentou situações de pacientes que exigiam o conhecimento bastante atualizado em relação aos temas abordados. O geriatra Marcelo Valente, diretor científico da SBGG-SP, apresentou casos em relação a “cognição e controle metabólico”; a geriatra Ana Beatriz di Tommaso, vice-presidente da SBGG-SP, tratou de “fragilidade e sarcopenia: mecanismos fisiopatológicos e a prática clínica”, e o geriatra José Elias, presidente da SBGG Nacional, abordou os “transtornos do movimento – desafios do diagnóstico e opções de tratamento”. Após o almoço, a geriatra Renata Salles conduziu a última sessão de casos clínicos, com o tema “síndromes demenciais”.  

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