Atenção à osteoporose
- Jean Carlo Freitas
- 1 de nov. de 2018
- 2 min de leitura
A osteoporose é uma doença crônica silenciosa que ocorre em homens e mulheres e seu primeiro sintoma é a fratura por fragilidade óssea. A prevenção da osteoporose deve se iniciar ainda na gestação. Na infância, a criança deve ter uma alimentação rica em cálcio para evitar problemas futuros, principalmente na fase da puberdade, quando acontece o pico de massa óssea, possibilitando um armazenamento ósseo para a vida adulta. Nesse sentido, a mudança da alimentação dos jovens vem preocupando os especialistas no assunto, já que o leite e seus derivados vêm sendo esquecidos por essa população. Recomenda-se que todos os indivíduos tenham uma alimentação rica em cálcio, principalmente aqueles quem têm fatores de risco para osteoporose – três porções por dia podem ser suficientes. A perda óssea ocorre sobretudo nas mulheres com mais de 50 anos de idade, em razão da menopausa e da falta de estrogênio. Mulheres acima de 65 anos, homens a partir de 70 anos e indivíduos com 50 anos ou mais com fatores de risco (baixo peso, história familiar de fratura, história prévia de fratura, tabagismo, etilismo, artrite reumatoide, uso de anticonvulsivantes e corticoides a longo prazo, menopausa precoce, doenças intestinais, cirurgia bariátrica, hepatites virais, AIDS, diabetes) devem passar por uma avaliação médica e por investigação diagnóstica de osteoporose. O tratamento da osteoporose é feito com medicações capazes de reduzir o risco de fraturas, além da adequação de cálcio, de vitamina D e de proteína, da alimentação e prática regular de atividade física. O cálcio tem a função de tornar a estrutura óssea mais resistente e sua ingestão tem recomendações específicas, de acordo com a faixa etária. A vitamina D é fundamental para sua absorção no intestino, e assim, recomenda-se exposição solar diária de 15-20 minutos até as 10h da manhã ou depois das 16h. A suplementação de vitamina D sem orientação médica pode ser perigosa. Os exercícios mais recomendados são os aeróbicos, associados a exercícios resistidos e de equilíbrio, como por exemplo caminhada, corrida, musculação e dança. Um programa de exercício diversificado, que utilize diferentes grupos musculares e com movimentos repetitivos, como o treinamento funcional, parece ser melhor que a corrida ou o ciclismo. Além disso, devemos nos preocupar precocemente com uma casa segura para evitar quedas e, consequentemente, fraturas por fragilidade. Dicas para uma casa segura: - cadeiras e poltronas devem ter uma altura mínima de 45-50 cm do chão; - tire tapetes da sala e de outros cômodos; - mantenha os cômodos iluminados e à noite sempre deixe uma luz acesa; - na cozinha, deixar tudo que é mais usado com acesso fácil; - coloque fitas antiderrapantes na borda dos degraus das escadas. A mudança de hábitos e a adoção de um estilo de vida saudável é um investimento para o futuro ósseo e muscular do idoso e consequentemente para sua qualidade de vida. Ana Laura de Figueiredo BersaniMédica geriatra; especialista em geriatria pela SBGG; membro da diretoria da SBGG-SP; assistente do Serviço de Dor e Doenças Osteoarticulares da Disciplina de Geriatria e Gerontologia da Unifesp.






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