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Seu paciente ingere proteína suficiente?

  • Foto do escritor: Jean Carlo Freitas
    Jean Carlo Freitas
  • 1 de jul. de 2019
  • 2 min de leitura

O que está no prato do paciente idoso é um problema de todos os profissionais da saúde. Isso porque não é raro que os idosos deixem de consumir uma quantidade desejável de proteína, aumentando assim o risco de sarcopenia e fragilidade. O que está por trás da baixa ingesta proteica pode ser a dificuldade de mastigação, alteração do paladar por alguma doença ou por interações medicamentosas, bem como por causa de xerostomia (diminuição da produção de saliva), dificuldade no preparo e alto custo desse tipo de alimento, lista a nutricionista Ana Paula Maeda, da diretoria da SBGG-SP e gerente assistencial do Centro de Referência do Idoso da Zona Norte (CRI Norte). “Todo profissional de saúde precisa avaliar o número de vezes que o paciente come ao dia e o quê consome”, alerta a profissional. “Muitas vezes observamos dietas muito monótonas sendo oferecidas aos idosos, com alto consumo de carboidratos e baixo de proteínas”, diz. Chegar à quantidade desejável de proteína diária pode não ser tarefa fácil. “Para o idoso, a ingestão proteica recomendada é de 1,5 a 2 g/kg/dia. Ou seja, considerando um paciente com 70 kg e levando em consideração 1,6 g de proteína por quilo, ele precisará de 112 gramas de proteína ao dia”, recomenda. A nutricionista reforça que este valor é alto – um bife pequeno (100g) tem 26 g de proteína (veja tabela abaixo).  

Alimento (porção de 100g)
Quantidade de proteína (em gramas)
1 bife
26
1 filé de frango
32
1 filé de salmão
24
Feijão cozido
6
Queijo fresco
20

  Para cumprir a meta diária, o recomendável, segundo a profissional, é que o idoso distribua essa quantidade em mais refeições e adicione outros alimentos além de apenas um bife no almoço e outro no jantar. Como forma de aumentar a ingestão de proteínas, ela sugere que a dieta inclua ovo cozido, omelete, crepiocas (uma espécie de tapioca feita com goma de tapioca, e não com a farinha), salada com frango desfiado, queijo e a adição de leite em pó em frutas, sucos e cafés, por exemplo. “É importante que todo profissional de saúde que atende idosos lembre-se que a diminuição de massa muscular prejudica muito a saúde. Dessa forma, estimular atividade física e uma dieta variada é essencial. Se por algum motivo isso não está acontecendo, é necessário intervir preventivamente”, afirma. No entanto, ela diz que a suplementação não deve ser feita em todos os casos. “A primeira tentativa deve ser sempre a de ajustar a dieta, para só depois pensar em suplementação, que deve ser feita sob a orientação de médicos ou nutricionistas”, diz Ana Paula. No caso dos idosos veganos (que não consomem nem leite e nem ovos, além de qualquer tipo de carne), a nutricionista recomenda uma análise aprofundada das fontes proteicas. “Temos de saber o consumido versus o necessário para o indivíduo. Essa análise determinará a necessidade de suplementação e quantidade. Daí a importância do acompanhamento de um nutricionista ou geriatra”, orienta.

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